segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Portal R7(Rede Record) valoriza o forró...





O que é esse tal de forró eletrônico, afinal de contas?


O que seria o forró eletrônico? O tradicional gênero com batidas eletrônicas manipuladas por um DJ? Ou o forró moderno para as baladas, para as danceterias? Heim? Heim? Chegou a hora de você tirar as suas dúvidas!
O ritmo surgiu no Nordeste com a banda Mastruz com Leite em 1992. O grupo acrescentou ao forró tradicional teclados, guitarras, bateria e instrumentos de metal. O ritmo ultrapassou aquela região e se alastrou por todo o país. Bandas como Limão com Mel e Magníficos, precursoras junto com o Mastruz, ajudaram a consolidar o movimento.
Batista Lima, vocalista da banda Limão com Mel declarou que o forró eletrônico é uma mistura do ritmo moderno com raízes tradicionais do Nordeste. - Nós resolvemos fazer um forró mais moderno, porém o forró pé de serra faz parte de nossas raízes. Luiz Gonzaga é nosso rei. Levamos a bandeira do forró e o representamos em todo o Brasil.
Há algum tempo, o forró eletrônico tem sido questionado. Fala-se que o ritmo é uma vertente do forró tradicional. O outro lado acredita que as letras do forró eletrônico tem um tom romântico dançante, com uma certa malícia. A dança também é bem diferente do forró tradicional e os passos são mais rápidos, diferente da cultura nordestina.
O fato é que o forró eletrônico conquistou de vez seu espaço. Bons exemplos são as bandas Calcinha Preta e Djavu, que ficaram no topo das paradas musicais de todo o país após serem incluídas nas trilhas sonoras de novelas do horário nobre da televisão.
A música Você Não Vale Nada do Calcinha fez parte da trilha sonora da novela global Caminho das Índias e ajudou na construção do sucesso da personagem popular Norminha, interpretada por Dira Paes. A música Nave do Amor, da banda Djavu, é tema da personagem Elvira de Bárbara Borges na novela Bela a Feia, da Rede Record.

Como teve início a trajetória do forró eletrônico.


O forró eletrônico teve o seu início em Fortaleza, com a então pequena gravadora Som Zoom, do empresário Emanuel Gurgel. A empresa foi a primeira a ter a iniciativa de organizar grupos de forró que atraíam milhares de pessoas. O primeiro lançamento da Som Zoom foi a banda Mastruz com Leite.
Com execução maciça em uma rede local de emissoras de rádio e apresentação em programas de televisão, o sucesso do Mastruz transformou a gravadora em um império, com grande volume de vendas de CDs e shows. José Edinilson, coordenador do Mastruz, contou ao R7 que no começo foi muito difícil para a banda.
- No inicio, foi muito complicado. Vencemos as barreiras e hoje temos a nossa própria gravadora. Agora, fazemos shows no exterior, em países como Suíça, Estados Unidos e Portugal. O Mastruz já vendeu mais de 10 milhões de discos.
As gravadoras logo perceberam o sucesso do ritmo e decidiram investir na contratação das bandas. Os shows sempre estão lotados e os CDs são fenômeno de venda em todas as regiões do Brasil.
Anualmente, sem falta, os grupos de forró lançam CDs para que o público não se esqueça deles. Alguns chamam esse fenômeno de forró descartável por ser tão rápida a troca de CDs em um período pequeno de tempo. Edinilson, da gravadora Som Zoom explica os milhares de CDs produzidos.
- Gravamos em torno de dois CDs por ano. Fazemos isso porque o público gosta. Eles preferem os lançamentos ao vivo e por isso gravamos bastante nos shows que realizamos. No total, temos 43 CDs gravados em 19 anos de carreira. Sucesso!
Seja como for, a verdade é que o estilo está totalmente estourado, e já faz parte do dia-a-dia de quem gosta de música, e especialmente as camadas mais populares, que pouco se importam com essa polêmica toda e só quer saber de dançar.

Para Dominguinhos, forró eletrônico não é forró
Na contramão de todo esse sucesso que o forró eletrônico está conseguindo perante o público e a mídia, alguns forrozeiros tradicionais criticam o movimento. Dominguinhos é um deles. Não concorda com o nome dado ao ritmo.
- O forró eletrônico não existe. Estas bandas de forró eletrônico não tem nada a ver com o forró tradicional. Nem o ritmo eles conseguem fazer. Não é forró o que eles fazem. É muito diferente do forró, não tem absolutamente nada que se identifique.
Como mestre do gênero, legítimo herdeiro musical de Luiz Gonzaga e autor de sucessos do gênero como De Volta Pro Aconchego e Eu Só Quero Um Xodó, Dominguinhos fala com conhecimento de causa, concordem ou não com a sua opinião polêmica. Ele segue.
-Quem faz forró não tem como fugir dos instrumentos como zabumba, triângulo e eles não usam nada disso. É uma nova modalidade que eles inventaram e que infelizmente ainda não descobriram o verdadeiro nome para isso. Sem medo de ferir os sentimentos de quem faz o forró eletrônico, Dominguinhos continua dando a sua opinião sobre o assunto. -Não dá pra dizer que é forró. Eles deveriam tentar se intitular de outra forma porque aquilo não tem nada a ver. Não tem identidade. É uma grande mentira.

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